Como a baixa autoestima é mantida?

É difícil apontar exatamente como cada indivíduo mantém baixos níveis de autoestima, no entanto, existem alguns fatores que entram em jogo, que muitas vezes podem levar para baixo a sua autoestima.

Para começar, entregando-se a qualquer um dos hábitos de baixa autoestima descritos no artigo anterior, você tende a mantê-los dentro de um estado mental muito pobre que, naturalmente, te deixa emocionalmente pra baixo. Na verdade, a maioria destes sintomas todo mundo tem.

Além desses sintomas e hábitos, a baixa autoestima é muitas vezes mantida porque você tem hipóteses pessoais e regras muito restritivas. O que isto significa é que você faz certas suposições sobre as coisas de uma forma muito negativa que lhe fornece opções limitadas para seguir em frente. Você também tem uma tendência a ver o pior em cada situação, o que lhe dá muito pouca esperança para o futuro. Além de tudo isso, suas regras e padrões pessoais são muito restritivos. Você não é alguém que espera muito de si mesmo e, como resultado, você tende a ficar restrito dentro dos limites de sua zona de conforto e nunca assume os riscos necessários para sair de depressões emocionais.

Regras Restritivas

Suas regras restritivas para viver a sua vida muitas vezes são construídas em cima de opções de linguagem pobre que fornecem muito poucas opções de avançar. Por exemplo, você costuma usar palavras como:

Se eu não … então …
Eu nunca deveria …
Eu devo … ou então …
Eu não posso …
Eu deveria fazer isso … mas …

As palavras e frases que você usa fornecem informações sobre as regras que tendem a governar sua vida, decisões e ações. E são essas regras que continuam a drenar a sua autoestima.

Você também tende a agravar a sua autoestima, fazendo autoavaliações negativas. Suas avaliações talvez sejam tão pobres e limitadas que você é deixado sem esperança para o futuro, e sem esperança de melhorar sua situação atual. Você tende a fazer isso, porque isso ajuda você a “aterrar” você mesmo e lhe dá uma sensação de controle.

Evolução da Autoestima

A autoestima engloba as suas atitudes pessoais, crenças, emoções, auto opiniões e expectativas tendenciosas, assim como os seus comportamentos, decisões e ações. Ela também encapsula os pressupostos que não ajudam você e tendem a fazer as regras pelas quais você vive, e as autoavaliações negativas que tendem a roubar-lhe qualquer esperança para o futuro.

Todos esses fatores que entram na construção ou destruição de sua autoestima tem se manifestado em sua vida ao longo do tempo e são construídos em cima de certos eventos que influenciaram o seu crescimento emocional ao longo dos anos.

Baixa autoestima muitas vezes resulta de influências negativas de vida e/ou experiências que você teve ao longo de muitos anos que vão de volta para a primeira infância. Sua família, amigos, colegas, professores, modelos e sociedade, todos desempenharam um papel importante no desenvolvimento da sua autoestima enquanto você estava crescendo. Eles mostraram e ensinaram-lhe – direta e indiretamente – a melhor forma de lidar com as suas emoções em momentos difíceis, como superar obstáculos, como interpretar os acontecimentos e circunstâncias em sua vida, etc.

Algumas dessas lições foram úteis

No entanto, se você está experimentando baixa autoestima, neste momento, então é provável que outras lições que você aprendeu ao longo deste período tenham sido bastante inúteis, e agora você tem um conjunto de habilidades de enfrentamento emocional ineficazes, que estão restringindo você de várias formas.

Podem ter acontecido momentos significativos em sua vida, que deixaram profundas cicatrizes emocionais e psicológicas. Por exemplo, doença prolongada, negligência, abuso, sofrimento e punição, essas coisas podem ter deixado uma impressão duradoura em sua mente. E são essas coisas que atualmente influenciam como você processa e interpreta o mundo ao seu redor.

Você pode, por exemplo, ter achado muito difícil encaixar-se socialmente na escola e/ou em casa, enquanto crescia. Isto deixou uma cicatriz emocional muito profunda que você tende a se apegar no momento presente. E isso está afetando diretamente seus níveis de autoestima.

Outras razões

Outras razões pelas quais você pode estar sofrendo de baixa autoestima hoje. Talvez seja por causa de uma atenção, incentivo, carinho, elogios ou afeto que você Não recebeu quando era criança. Talvez você simplesmente Não conseguiu fazer jus às expectativas de outras pessoas sobre você. Talvez elas tinham padrões pessoais muito altos e regras limitantes que você achou muito difícil de se adequar.

Toda essa experiência enquanto você crescia fez você se sentir alguém um tanto incapaz, incompetente, inútil, inadequado e inferior. Isso faz com que você não tenha autoconfiança e suas expectativas de si mesmo e de sua capacidade sejam muito baixas.

Sua baixa autoestima também pode ser atribuída às observações feitas enquanto você era uma criança. Quando criança você deve ter observado adultos cuidando de suas vidas diárias. Estes adultos experimentaram dificuldades, contratempos e problemas pessoais. Como eles lidavam com esses desafios foi importante, porque os hábitos, comportamentos e emoções que eles apresentaram durante esses momentos deixou uma impressão duradoura em sua mente.

Estes mentores adultos lhe ensinaram como lidar com as dificuldades da vida. Eles também te ensinaram como lidar com suas emoções de forma indireta. E hoje, você está fazendo o que você sabe – o que lhe foi ensinado – para melhor ou para pior.

Você aprendeu

Tudo isto serve para mostrar que seus baixos níveis de autoestima não são inteiramente de sua própria criação. Na verdade, você aprendeu e pegou certas maneiras de fazer as coisas e responder a situações de outras pessoas. Os seus níveis de autoestima atuais e os mecanismos de enfrentamento que você usa para trabalhar através de seus desafios pessoais são o resultado de muitos anos de condicionamento que você passou enquanto crescia.

Mas mesmo que você não seja responsável por esse condicionamento, você é no entanto responsável por sua própria vida hoje. E se algo não está funcionando para você, então você deve ter a responsabilidade de mudar as coisas para melhor. Recondicione sua mente de uma forma mais positiva e responsável. Isso irá te ajudar a viver a vida que você deseja criar para si mesmo.

No próximo artigo vou falar como você pode melhorar sua autoestima. Vou dizer o que você pode fazer para dar a volta por cima!

Experimente a PAZ!
Rogério Peixoto

Leia: A Verdadeira Causa de Todos os Seus Problemas

5 respostas

  1. Excelente artigo!!!!!!!
    Como as CICATRIZES EMOCIONAIS nos fazem “ver a vida” de forma tão diferente…
    Destaco (em caixa alta) do seu texto o seguinte: “se ALGO NÃO ESTÁ FUNCIONANDO para você, então você deve TER A RESPONSABILIDADE de MUDAR AS COISAS PARA MELHOR e RECONDICIONAR sua MENTE DE UMA FORMA MAIS POSITIVA E RESPONSÁVEL que irá ajudá-lo a VIVER A VIDA QUE você DESEJA CRIAR PARA VOCÊ MESMO”.
    Mudando nestes últimos tempos… abandonando velhos hábitos… buscando e modificando horizontes…
    Aguardo 3º artigo!!! PAZ!!!

  2. Boa tarde!
    Interessante como tudo na nossa psique tem grandes chances de ter sua origem em memórias da infância!
    Mas, como você disse, é nossa a responsabilidade para mudar o destino da nossa história!

    Abraços!

  3. Adorei o artigo… Principalmente o trecho onde você diz “(…)você deve ter a responsabilidade de mudar as coisas para melhor e recondicionar sua mente de uma forma mais positiva(…)”. Esta é a minha filosofia de vida! Tudo é questão de mudar hábitos nocivos e aos poucos ir recondicionando os seus parâmetros mentais de forma a chegar num hábito positivo. Somos o que pensamos e pensamos o que somos. Aceitar, Flexibilizar, Avaliar, Priorizar, Inovar e Perdoar estão sendo as minhas palavras chaves para melhora da auto-estima. Faço um exercício mental com o auxílio da meditação usando estas palavras associado a técnica do FEFT, todos os dias ao acordar! Estou ansiosa pelo próximo artigo para potencializar a minha técnica pessoal! Parabéns…

    1. Parabéns por estar praticando Natália!
      Esse é o segundo passo para se livrar do “problema”. E a meditação certamente ajuda muito!
      Eu mesmo pratico diariamente! Inclusive acabei de voltar de um retiro de 11 dias recluso, meditando. 😉

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